5 coisas para saber antes de financiar um imóvel
Com a queda das taxas de juros a níveis históricos, quem já tinha intenção de comprar casa própria, agora vê o objetivo mais perto de se realizar.
Antes de mais nada, entretanto, é importante que o consumidor fique atento aos custos e pormenores dos trâmites para tomar a decisão mais correta e planejada e não transformar o sonho em pesadelo.
Desde as taxas aos custos extras, quem pretende financiar deve entender como funciona o crédito imobiliário para não fechar um mau negócio, nem pagar por coisas que não precisa no meio do caminho. Veja no resumo abaixo:
#1 Taxas não são iguais para todos
As taxas de juros não mudam só de banco para banco. Elas também variam de acordo com cada pessoa.
Vale dizer que as taxas mínimas normalmente anunciadas pelos bancos são reservadas para alguns clientes. Aquela taxa mínima que vemos anunciada logo após a expressão “a partir de” varia de pessoa para pessoa, de acordo com o histórico de crédito, renda mensal, estabilidade do emprego e do que os bancos chamam de “relação com o banco”.
É assim que o banco define o perfil de risco que você oferece e que taxa ele irá negociar no seu caso. Sempre pesquise. Às vezes o banco que oferece a melhor taxa no mercado, não oferece as melhores condições para você especificamente.
#2 Olho no CET
Nunca se esqueça de conferir o Custo Efetivo Total (CET), que é aquilo que você realmente vai pagar pela operação de financiamento. Ele inclui, além das taxas, outros custos operacionais como tarifas e seguros obrigatórios. Um banco pode ter taxas de juros menores, mas CET maior que outro.
Sempre compare o CET de um banco para o outro antes de fechar negócio.
#3 Como a idade interfere no financiamento?
A idade influencia no valor das parcelas de duas formas. A primeira é por conta de um dos seguros obrigatórios, o MIP (Morte e Invalidez Permanente). As seguradoras entendem que uma pessoa mais velha pode ter a saúde mais frágil que a mais jovem e correr um risco maior de morte ou de doença grave e não conseguir pagar o financiamento.
Veja a diferença na simulação feita pela plataforma de comparação e concessão de crédito imobiliário Credihome:
Outro motivo que leva ao encarecimento das parcelas para pessoas mais velhas é uma regra que define um limite de idade para os financiamentos, um cálculo que leva em consideração a expectativa de vida do brasileiro médio (76 anos).
Assim, a idade do tomador de crédito mais o tempo de financiamento não devem ultrapassar 80 anos e seis meses. De modo que a idade de 80 anos é a limite para concluir o pagamento da dívida.
Portanto, uma pessoa que tenha intenção de fazer um financiamento de 35 anos deve ter no máximo 45 anos de idade. Do contrário, o tempo de financiamento terá de ser reduzido para 30 anos, 20 anos e assim por diante. Com um financiamento mais curto, as parcelas tendem a ficar mais altas.
#4 Outros custos na ponta do lápis
Não se esqueça de levar em consideração custos como tarifas de avaliação do imóvel e o imposto de transferência do bem, que costuma variar de acordo com cada município, com alíquotas de cerca de 3% do valor da propriedade.
Este é um preço que deve ser calculado na hora de pleitear o imóvel e definir o quanto você vai pagar de entrada. Embora alguns bancos permitam que esse imposto seja embutido no financiamento, isso faz com que você acabe tendo de pagar mais juros ao fim do prazo.
#5 Portabilidade de crédito
Você deve saber que, como tomador de crédito, você tem direito de levar sua dívida de um banco para outro, contanto que o segundo ofereça condições melhores, como juros mais baixos. Para fazer a portabilidade, o prazo não pode ser alongado e a dívida não deve aumentar.
Fonte: Valor Investe